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GURPS BRASIL

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23 de janeiro de 2010

DIÁRIO DE CAMPANHA: O Contrato


Ainda nem sei se vocês curtiram o primeiro mas vou postar a segunda matéria de nossas narrações. Bem na verdade já tivemos duas narrações, mas eu vou transformar em três ou quatro posts para não ficarem longos demais.

'A situação na taverna era tensa. Gillus estava caído no chão, deitado numa poça formada por seu próprio sangue, enquanto soltava um baixo gemido, mostrando que ainda estava vivo. Atos gritava sem sua mão, porém escutava com atenção todas as palavras da voz forte de Bruno. A atendente da taverna estava perplexa, incapaz de emitir qualquer som. Viggo e Helius observavam o estrago feito pelo gigante e suas duas espadas.


E enquanto isso, uma sombra observava tudo... Uma figura vestindo um longo manto castanho escuro, o capuz escondia seu rosto, fazendo uma sombra sobre o nariz e boca, deixando visível apenas a ponta fina e branca do queixo. Esta figura olhava com atenção o desenrolar da história.

Gillus estava estendido no chão, sem emitir qualquer som, Atos segurava o cotoco de seu braço direito, agora não emitia qualquer som, apenas olhava para Bruno, com raiva em seus olhos. O gigante guardava calmamente suas espadas na bainha e virou as costas para os dois.

- Desculpe o transtorno senhorita. - Helius se aproximou do balcão e colocou três moedas de prata, 30 gondolins. - Você vem conosco Viggo? Vamos beber e conseguir algumas mulheres. Mas lembre-se. A primeira rodada é sua. - o elfo saia da taverna logo atrás de Bruno, dando uma olhada para trás, para chamar o ranger.

Do lado de fora da taverna, um pequeno grupo de traseuntes tentava olhar para dentro da taverna para ver a confusão. Os que estavam logo na frente ficaram assustados ao ver Bruno, com sua armadura levemente suja do sangue que jorrou de Gillus e Atos e abriam caminho para os três passarem. Ninguém ousou falar nada, muito menos chamar a guarda.




Os dois antigos companheiros e seu mais novo amigo, Viggo, se sentaram na taverna onde estavam hospedados e conversavam enquanto bebiam. Pelo visto, Helius já tinha viajado ao lado de Djarak, o mentor de Viggo, numa epóca onde sua sanidade ainda não estava debilitada.

- Então Viggo, realmente decidiu largar a floresta? - Helius falava com Viggo, mas olhava para uma mulher do outro lado da taverna de baixa qualidade. Ela notou o olhar do elfo e se aproximava tentando conseguir algumas moedas pela noite com o elfo.

- Bem, pelo menos por um tempo, tenho que... - Viggo parou subitamente, quando a mulher chegou perto de Helius e foi puxada pelo braço por Bruno, forçando-a a sentar em seu colo.

- Que beleza de moça. - a mulher pareceu surpreendida por um breve instante, mas logo abriu um grande sorrisso para o gigante. - Não vai querer passar a noite com um elfo.

- E porque não? - a mulher tinha uma voz voluptuosa, os três rapazes na mesa não tinham como não olhar para a bela moça sentada no colo do grande guerreiro. Sua pele era clara e não tinha nenhuma marca de doença, seu sorriso er lindo, e sua roupa simples deixava seus seios fartos e suas coxas grossas em evidência.




- Ora! Porque não?! Porque ele é um elfo! - Bruno era o que mais se deixava levar pela beleza da mulher, sua mão já deslizava por sua coxa.

- Nada disso. Não vem com esse papo que todos os elfos são vi... - subitamente o elfo parou de falar enquanto virava mais uma caneca de cerveja. Rapidamente Viggo também notou o que chamou a atenção do elfo. Apenas Bruno parecia se abster, enquanto forçava um beijo na mulher em seu colo, provavelmente efeito das várias canecas de cerveja que já havia bebido.


A figura de manto havia seguido os três aventureiros que arrumaram confusão no 'galo feliz'. Agora os três bebiam, descontraidamente, até então distraídos pela volúpia da prostituta. Mas o elfo e o jovem ranger agora perceberam, mesmo sem conseguir ver seus olhos, que o homem de manto os observava atentamente. Os dois pararam sua conversa e dminuíram o ritmo dos goles de cerveja, tentando disfarçar a tensão. Era a hora de agir.

O manto balançou levemente enquanto ele se levantava e ia em direção aos três. Os dois que já haviam percebido-o voltaram seus rostos atentos, esperando o pior. dava para notar que estavam prontos, já que um colocou a mão em sua espada e o outro no arco. Apenas o gigante bebia e forçava algo com a prostituta sem perceber a aproximação.

- Olá. Posso ter um minuto de sua atenção. - a voz feminina surpreendeu os três que estavam sentados.

- Claro, você terá toda a minha atenção... Assim que baixar esse capuz, deixando que eu enxergue seu rosto. - o elfo falou de forma descontraída, mas ainda sem tirar a mão de seu arco.

- Parece que afinal conseguiu a sua, não é Helius? - bruno deu uma espiada na mulher de capuz, mas logo se voltou para sua prostituta. - Mas do jeito que ela se veste, deve ser muito feia... Hahaha.

- Desculpe, mas não é nada disso que está pensando, senhor Bruno. - mais uma vez os três ficaram surpresos, desta vez ao ver que a jovem conhecia o nome do gigante. - Irei mostrar meu rosto, mas não aqui. Se puderem me acompanhar, tenho quartos alugados aqui. Vamos nos reunir em um deles, tenho uma proposta para lhes fazer.
- Sim, estamos dispostos a ouvir sua proposta. - o elfo já ia se levantando. - Mas se não se importa, iremos levra nossas armas. Por enquanto as coisas ainda estão um pouco estranhas.

- Claro, sem problemas. Ainda estamos esperando mais uma pessoa. Enquanto isso, melhor cuidar de seu amigo, que deve estar bêbado. - a jovem, apenas apontou para a cabeça para Bruno. O gigante já tinha tirado a prostituta de seu colo e ia se levantando.

- Apesar de conhecer meu nome, não me conhece de fato. Eu estou no meu estado normal, nunca fico bêbado. - Bruno havia largado o seu estado de espirito alegre, e realmente parecia que não havia ingerido nenhuma gota de álcool.


Os quatro subiram para os quartos da estalagem, sem trocar uma palavra. Entraram em um quarto amplo, o melhor da estalagem, com uma cama de casal, um baú no pé da cama, uma escrivaninha e uma mesa de quatro cadeiras, ao lado da escrivaninha havia um cajado, com um pedra na ponta, que chamou a atenção de todos. A estranha indicou para todos se acomodarem e retirou o capuz, exibindo um belo rosto claro e um cabelo negro e liso, que caia sobre seu rosto. Bruno olhou a beleza da mulher, pensou em fazer alguma piada, mas o clima ainda era tenso, poderia muito bem ser uma armadilha, tramada por Gillus ou Atos.

Pouco tempo depois, alguém bateu à porta. A jovem foi abrir, e um homem, esguio de cabelos curtos, vestindo uma loriga de couro e com um sabre e uma faca em sua cintura. Deslizando por suas pernas havia um gato negro, de olhos amarelos e atentos.
- Vamos começar. - a jovem sentou-se em uma das cadeiras e apenas o estranho estava de pé. - Primeiramente, meu nome é Lidia, este é Sísifo. Eu tenho interesse em pagar pelo serviço de vocês. Eu já estava de olho em você, Viggo, conheço seu pai. Os outros dois eu vi durante o combate na taverna e gostei. - todos olhavam atentamente para Lidia e Viggo mais uma vez ficava surpreso de como seu mentor era conhecido. - O que eu vou falar não pode sair daqui de jeito nenhum. - houve uma pausa, para aumentar a dramaticidade de suas palavras. - Eu preciso que vocês me ajudem a encontra uma pessoa que foi raptada. Esaa pessoa é a princesa, filha do imperador Karl I.




Por um momento todos se entreolharam e Lidia começou a responder todas as perguntas. Aparentemente a princesa tinha sido sequestrada em pleno palácio, sem que nenhum dos guardas visse ou ouvisse algo. A noticia não tinha vazado. Apenas alguns altos nobres sabiam do ocorrido e estavam contratando grupos de confiança para resgatar a princesa. Lidia era sua acompanhante, e teve autorização do imperador de tentar investigar o caso também, desde que a noticia não se espalhasse. em troca Karl I está oferecendo 50 mil gondolins para cada um. O mais estranho era que já se passaram dois dias e não chegou nenhum pedido de resgate. Há também a suspeita de vingança, mas não se sabe por quem. A guarda real já tinha investigado todo o castelo e não encontrou nenhuma pista.

Após esclarecidas todas as dúvidas, todos ficaram em silêncio, tentando digerir o que havia sido dito ali.

- Não tema, bela Lidia. EU, irei resgatar sua senhora. - a voz grave de Bruno quebrou o silêncio. Helios sorriu e acenou com a cabeça concordando, Sísifo, estava calado, aparentemente já sabia de tudo o que foi dito. Apenas Viggo estava de cabeça baixa e olhos fechados, como se estivesse pensando.

- Sem pista nenhuma. Isso vai ser difícil. - as primeiras palavras de Viggo não abalaram os ânimos de Bruno e Helius. - Preciso ver o quarto da princesa!
- Posso te levar lá. Mas apenas você e por um breve momento. - aparentemente Viggo tinha uma idéia e até Lidia sentiu uma ponta de esperança.'


Continua...


Cara... não sabia que ia ficar tão longo. As conversas ficam grandes, mas pelo menos as batalhas são mais fáceis de se descrever. Este post ainda faz parte da primeira narração, e ainda não consegui terminar, com medo de que fique longo e a litura cansativa. POr sorte a segunda narração foi mais curta então devo conseguir colocar o fim da primeira e toda a segunda no próximo post. Estou mudando algumas coisas para que se encaixem melhor no tipo de narrativa que estou fazendo. Espero que esteja agradando vocês.
Aceito sugestões e criticas, para que fique melhor de se ler.


Fernando del Angeles

4 comentários:

Rodrigo Polak disse...

Tá ficando legal! Só que o Helius num é participativo assim não... parece que ele é PC! E o Viggo e o Bruno NPCs!! heuhaua

Fernando del Angeles disse...

vai mudar... o viggo e o Bruno vão ficar mais participativos... mudei algumas coisas... e pq vc nao falou do sisifo não ser participativo?

Unknown disse...

Tá muito legal cara...ótima aventura! gostei praa caramba!

Unknown disse...

Tá muito legal cara...ótima aventura! gostei praa caramba!

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