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GURPS BRASIL

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26 de janeiro de 2010

DIÁRIO DE CAMPANHA: A cripta



Esta é a teceira parte de nossa narração. Espero que continuem lendo. Tive algumas criticas (por parte dos jogadores), em relação a participação de seus personagens, vamos ver se a coisa melhora.

'Após esclarecidas todas as dúvidas, todos ficaram em silêncio, tentando digerir o que havia sido dito ali.

- Não tema, bela Lidia. EU, irei resgatar sua senhora. - a voz grave de Bruno quebrou o silêncio. Helios sorriu e acenou com a cabeça concordando, Sísifo, estava calado, aparentemente já sabia de tudo o que foi dito. Apenas Viggo estava de cabeça baixa e olhos fechados, como se estivesse pensando.

- Sem pista nenhuma. Isso vai ser difícil. - as primeiras palavras de Viggo não abalaram os ânimos de Bruno e Helius. - Preciso ver o quarto da princesa!
- Posso te levar lá. Mas apenas você e por um breve momento. - aparentemente Viggo tinha uma idéia e até Lidia sentiu uma ponta de esperança.


Ninguém podia passar para a parte alta da cidade, onde apenas os nobres mais próximos da família real viviam, ainda mais a plena noite. Mas Lidia, como acompanhante da princesa tinha seus meios e vários favores a serem cobrados.
A noite estava silenciosa enquanto andavam pelas casas e comércios da parte baixa e Viggo e Lidia não quebravam este silêncio, todas as casas eram caiadas regularmente, para manterem sua cor branca e o título que o imperador tanto prezava, 'A cidade branca'. Porém, na parte alta da cidade, a maioria das casas não precisava deste artificio, já que eram decoradas com pedras brancas.

No primeiro portão as coisas foram fáceis. Apesar de o guarda acahar muito estranho a acompanhante da princesa requisitar uma armadura da guarda para vestir o jovem que estava com ela, mas ele devia vários favores e com certeza iria necessitar de mais. Agora parecendo um dos guardas da cidade baixa, Viggo passou sem problemas pela parte onde moravam os baixos nobres, até chegar ao segundo portão. Este portão é na verdade uma grande obra de arte. Feito de metal e com relevo mostrando o mapa do império, de Terrion até Draconia, até a ilha de Kelness, recém incluida no império estava no relevo.

Viggo observou o portão por alguns instantes, enquanto Lidia conversava com o guarda, dizendo que o imperador havia chamado este guarda, perplexo em frente ao portão da cidade alta. Após alguns minutos de conversa o portão finalmente se abriu, revelando uma beleza urbana que Viggo jamais tinha visto em sua vida na floresta.
Lidia estava pensativa, enquanto caminhavam para o palácio, indo em direção contrária das belas construções do seu lado direito. Lidia sabia que conseguiria levar Viggo até ali, mas entrar no palácio já seria algo mais complicado, porém ela tinha que tentar. A vida da princesa dependia do sucesso dos dois nesta noite.


A passagem pelos primeiros dois portões doi fácil, mas para entrar no palácio propriamente dito, tinham que passar pela guarda imperial. Dois guardas, de belas armaduras, diferente da armadura que Viggo vestia, guardava a última porta. Por sorte estes conheciam Lidia, mas estranhavam a presença de um guarda da cidade baixa nesta parte da cidadela. Lidia tentava dizer que a presença de Viggo tinha sido requisitada pelo imperador, mas era dificil acreditar. Os guardas começaram a fazer perguntas que Viggo não sabia responder e a verdade ia vindop ao tona. O ranger olhava, com o desespero em seus olhos, para Lidia, mas ela havia baixado sua cabeça e fechado seus olhos, totalmente alheia ao problema que ia se formando. Mas algo mudou o pensamento do guarda que estava relutante em deixar os dois entarem.
- Desculpe senhorita, sua passagem é livre aqui, porém este homem é um estranho e não temos a autorização... - o guarda de voz dura parou por um instante quando Lidia levantou sua cabeça e olhou para ele. - Mas, se a senhorita diz que foi o imperador que o chamou, eu acredito. - o segundo guarda olhou incredúlo, tentou falar algo, mas foi impedido por seu superior.

- Muito obrigada oficial. Seus serviços serão lembrados no futuro. - tanto o segundo guarda, tanto Viggo estavam surpresos com o ocorrido, mas Viggo não hesitou em passar logo, antes que ele mudasse de idéia.


- Não podemos andar pelo castelo sem ser parados por mais guardas. - Lidia parou por um instante e olhou a sua volta. - Você tem que esquecer o que vou lhe mostrar agora.
- Tudo bem, não contarei para ninguém sobre as passagens secretas. - Lidia ficou surpresa com a perspicácia de Viggo, que apenas sorriu de volta.

Lidia se aproximou de uma armadura decorativa enconstada na parede, levantou uma das plcas que compunha a parte da cintura e enfiou sua mão lá. Nada aconteceu, mas Lidia empurrou com facilidade a estatua, que girou sobre um eixo e atrás dela se abriu um corredor escuro. Lidia não acendeu nenhuma tocha, mas andou por aquele corredor sem esbarrar em nenhuma parede, enquanto Viggo deslizava a mão pela parede e caminhava devagar. Lidia ia à frente até abrir mais uma passagem, iluminando mais uma vez o corredor. A sua frente surgia um belissímo quarto. O quarto da princesa.




Viggo entrou no quarto, tendo às suas costas uma estátua da deusa da vida por onde tinham passado, um tanto sem jeito ao ver tanta beleza e riqueza, olhou para uma das paredes e viu a pintura da princesa, uma jovem de rosto fino, cabelos cacheados e ruivos e olhos castanhos vividos. O ranger não perdeu muito tempo olhando a riqueza do cômodo e começou a examinar todos os cantos, em busca de algo que pudesse lhe dar alguma pista do invasor.

O tempo se passava e Viggo já tinha olhada todo o quarto e não encontrava nada estranho, o quarto estava impecavelmente limpo, com cheiro de rosas. Nada indicava que alguém estranho tiha entrada no quarto. Viggo se abaixou no meio do quarto, se ajoelhando em apenas um joelho, fechou seus olhose colocou a mão sobre eles. Sem emitir nenhum ruído, Viggo pediu a deusa da floresta, para clarear sua visão mais uma vez, mesmo longe da mata.

Ele ficou assim por cerca de um minuto e Lidia se sentiu desconfortável com a situação, vendo sua esperança indo embora. Mas Viggo se levantou e foi em direção à estátua de Dana, a deusa da vida, que servia de passagem secreta, e na fenda onde a estátua girava ele encontrou algo. Algo minúsculo, que ninguém tinha exergado até agora. Um grão de terra. Ele passou o grão entre os dedos e sentiu seu cheiro, depois se levantou sem aviso com um sorrisso no rosto.


- Muitas pessoas conhecem estas passagens secretas? - Viggo já tinha saído do corredor, mas não falou o que tinha descoberto para Lidia.

- Bem, acho que não. Acho que nenhum servo do castelo ou guarda conhece esta passagem.

- Tem alguma passagem que leve para o lado de fora?

- Provavelmente. Este castelo foi construído após a invasão da antiga capital, então estas passagens servem como fuga se algo acontecer, mas eu não conheço. - Lidia estava ansiosa e curiosa para saber o que Viggo tinha encontrado, mas decidiu esperar até saírem do castelo.

Os dois sairam facilmente do castelo e depois da parte alto. Foi então que Viggo contou o que descubrirá. Mas Lidia não sabia se ficava animada por ter algum lugar para procurar, ou triste achando que já seria tarde demais para a princesa.


Bruno e Helius estavam na taverna se distraindo com algumas mulheres e várias canecas de cerveja, enquanto Sísifo observava tudo, de uma mesa mais afatasda. Quando Lidia e Viggo chegaram o grupo se reuniu mais uma vez no quarto. Esperando o que Viggo tinha descoberto.

- Então Viggo o que encontrou? Não vai matar nossa curiosidade? - o silêncio foi interrompido por Bruno, que estava ansioso para encontrar os sequestradores e salvar a princesa. Ele já pensava em como a princesa iria ficar feliz, talvez com alguma recompensa bem pessoal, enquanto sorria sozinho.

- Já sei onde podemos começar a procurar a princesa. No quarto dela encontrei um grão de terra que conheço muito bem. Proveniente de calamena e, devido ao cheiro e a fertilidade dele, provavelmente vem do cemitério. - Viggo falava empolgado que nem percebeu que os outros estavam boquiabertos com o fato de ele saber tanto com apenas um grão de terra. - Acho que devemos descansar esta noite e investigar o cemitério pela manhã.

- Seria melhor irmos agora, esquecermos o cansaço por algum tempo. - pela primeira vez Sísifo falava, com uma voz fria e cadenciada. - A princesa corre perigo.
- Tens razão, devo salvar a bela princesa o quanto antes. Ela vais estar tão agradecida que vai querer casar comigo. - esta era uma das qualidades de Bruno, saber tirar sorrisos de todos, mesmo nas situações mais tensas.

- Tudo bem então. Vamos agora. - Viggo assentiu e os cinco partiram para o cemitério de Calamena.




O cemitério não ficava longe, mas era fora dos limites da cidade, próximo à floresta de Calamena. Este cemitério era usado pelo família dona daquelas terras, antes da construção de Jallar, mas com a cidadela, foi construído um novo cemitério e aquele nas margens da floresta foi esquecido e usado apenas por aqueles que não podiam pagar um lugar para seus entes queridos no cemitério da cidadela. Hoje os boatos sobre o cemitério eram muitos. O mais popular, é que um estranho mago se fixou próximo ao cemitério e desde então podia se ver os mortos levantar de suas tumbas.
Claro que isso não assustva o grupo que ia tentar resgatar a princesa, apenas Bruno pensava se realmente havia mortos-vivos naquele cemitério, mas não com medo, e sim com vontade de fazer eles finalmente dormirem ao sentir o gosto do aço de sua espada.


A viagem à cavalo foi rápida, deixaram os cavalos amarrados em uma árvore próxima a entrada do cemitério, e sem cerimônias, abriram o portão de grade e adentraram na escuridão do cemitério. Viggo ia na frente, tentando encontrar alguma pegada ou algo estranho. Mas pelo visto o cemitério tinha sido usado no mesmo dia, pois havia várias pegadas para todos os lados. Bruno estava atento para qualquer ruído estranho, mas nenhum ruído naquela noite era mais alto que seus pesados passos. Helios e Lidia vinham mais atrás, lado a lado, causando uma pontinha de ciúmes em Bruno, que não pensou antes em proteger a bela morena. Sísifo ia mais atrás, furtivo, caminhando pela escuridão, fugindo da claridade da lua, com seu gato imitando seus passos.

De repente, sem fazer qualquer ruído, Viggo parou e analisou algumas pegadas que pareciam estranhas. sapatos femininos, bem fundos, como se alguém tivesse pulado, bem próximo à uma cripta. Na direção das pegadas, na parede da cripta havia um braço metálico, que servia para colocar tochas, afim de iluminar o cemitério escuro. O braço era mais alto do que Viggo poderia alcançar, somente pulado. Assim como a dona das pegadas tinha feito.

Após explicar o que ele descobrira, Bruno esticou seu braço e tentou movimentar a haste de metal, sem tirar os pés do chão. Ao puxar, o braço metálico funcionou como uma alavanca que acionou algum mecanismo interno e abriu a porta da cripta.
A cripta por dentro era simples porém ampla, com algumas coluna falsas que serviam de decoração. De cada lado havia três espaços para caixões, todos ocupados. Na parede oposta havia uma estátua. Uma mulher, com um manto cobrindo a cabeça e as mãos levantadas. Viggo deu uma olhada rápido e viu que havia pegadas que levavam da entrada da cripta para a estátua e vice versa. Provavelmente havia ali um mecanismo que briria outra passagem, mas Viggo foi incapaz de encontrar.

Foi então que Sísifo tomou a dianteira analisou a estátua e consigo descobrir que os braços da estátua se moviam levemente, produzindo uma série de cliques, semelhantes à uma fechadura. Seria fácil para ele, abrir aquele mecanismo, só precisaria de silêncio e alguns segundos. Foi então que uma sombra cubriu a passagem de luz que vinha da entrada, quando se viraram havia uma silhueta escura, segurando algo nas mãos, aparentemente um machado de duas mãos.'




Continua...


eu estou adorando escrever esta história. Aproveitando toda a experiência que adquiri lendo as crônicas saxônicas de Cornwell, A estilha de cristal de Salvatore e é claro a série o Imperador de Igulden que estou lendo no momento. Dá vontade de jogar cada vez mais, para ter mais coisas para escrever. Até a próxima então.


Fernando del Angeles

Um comentário:

Unknown disse...

pow ta fikando realmente muito bom já estou doida para ler o proximo post... se continuar assim vai ser muito bom memsmo, o aloysio realmente esta fazendo um boa narração e vc consegue a descrever muito bem

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