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GURPS BRASIL

Seu novo ponto de encontro de RPG de uma forma descontraída e divertida.

9 de fevereiro de 2010

DIÁRIO DE CAMPANHA: Encontros e desencontros



Continuando o conto/narração. Esta é a parte cinco, espero que continuem lendo... ou não. Mesmo assim continuo escrevendo, porque sou brasileiro e não desisto nunca. Ainda estou devendo o encontros aleatórios com os personagens do grupo, mas estou dependendo do Mestre Aloysio Ventura fazer as fichas dos NPC´s.

Episódio 5 Ano I


'Em meio a gritos de fúria e uivos de dor. A voz, ainda escondida sobre os homens que se apinhavam na entrada, tentava reorganizar seu grupo. Helios e Bruno tentavam derrubar cada um que apareciam na entrada, mas logo se viram forçados a recuar. Lidia, mais uma vez recitava suas palavras estranhas e Sísifo se viu obrigado a sacar seu sabre e ajudar seus companheiros.
Todos os inimigos finalmente saíram do corredor, mesmo com os homens feridos logo no inicio de combate, eles totalizavam quase quinze homens prontos para o combate contra apenas cinco.


Seria díficil, mas não daria para desistir naquele momento. Eram sete arqueiros, seis guerreiros com grandes escudos e o líder deles. Um homem com uma armadura de couro apenas, sem elmo e com um machado em uma das mãos, não parecia ser forte, mas liderava bem sua pequena tropa. Eles entraram organizados na sala, tomando conta das rotas de fuga. Foi então que Bruno acabou com o silêncio que se fez quando os inimigos entraram.
Ele correu contra seus oponentes, mas antes de chegar até eles, Lidia terminou sua magia e uma luz pálida caiu sobre Bruno. De repente, Bruno estava mais veloz e acertou dois ataques com cada arma em seu oponente, tão rápido que o inimigo não foi capaz de se defender de nenhum. Os dois primeiros atingiram sua perna, fazendo-o cair de joelhos perante Bruno, outro golpe passou por cima da cabeça dele e o último acertou em cheio o ombro, fazendo-o cair. Bruno parou e tentou assimilar o que estava acontecendo, porque estava tão rápido. Mas logo teve que deixar estes pensamentos de lado, para se esquivar de duas flechas que viam em sua direção.
Sísifo correu para ajudar no combate e na sua frente surgiu o líder, mostrando seu rosto moreno e cabelos escuros. Sísifo tentou um ataque com a ponta de seu sabre que bateu na loriga de couro do guerreiro sem provocar um arranhão sequer. O líder levantou seu machado e o cravou com força no peito de Sísifo. A armadura de couro do ladrão não foi suficiente para deter o golpe, e um grande jorro de sangue sujou todos os que estavam em volta. Porém ninguém pode fazer nada para ajudar Sísifo, e ele ficou caido no chão, soltando leves gemidos enquanto tentava puxar o ar para dentro de seu peito dolorido.
Helios estava lutando contra dois guerreiros e não viu a flecha que o acertou na perna, ele cambaleou, mas continuou lutando enquanto mancava. Viggo, tentava impossibilitar os arqueiros, acertando-os na mão. Três tiveram que largar os arcos antes de Viggo ver o líder ir em sua direção e acerta-lo na barriga com o machado. Viggo caiu desacordado, enquanto seu sangue escorria pelo chão de pedras sujas e antigas.
Bruno estava bem, devido a magia de Lídia ele conseguia acertar o inimigo várias vezes, antes mesmo que eles percebessem. Logo havia um rastro de dois guerreiros e dois arqueiros, enquanto ele se encaminhava até o líder. Ainda era, quatro guerreiros e dois arqueiros sem ferimentos, sem contar com os arqueiros que estavam apenas com as mão feridas e o líder que agora encarava Bruno.
- Desistam! Vocês estão em minoria, nunca me vencerão. - o líder colocou seu machado no ombro enquanto aguardavaa investida de Bruno.
- Não sei se sabe contar, mas já derrubamos metade de seus homens. - Bruno tropeçava nas palavras enquanto falava, devido a seu cansaço e a rapidez mágica que havia recebido de Lidia.
Não houve tempo de o homem responder, já que Bruno havia chegado ate ele e moveu suas espadas com quatro ataques fatais sobre ele. Mas um escudo entrou na frente e bloqueou os dois primeiros, os outros dois atingiram o corpo do homem que defendia seu mestre.
O cansaço estava evidente no rosto de Bruno e logo depois seu rosto mudou, quando viu Helios, ajoelhado, com a cabeça sangrando, largando sua espada e levantando suas mãos. O elfo havia se rendido, só restava Bruno e Lidia. A maga parecia tão exausta quanto o guerreiro e por um minuto Bruno hesitou, pensando em desistir e tentar negociar uma rendição. Mas esse pensamento passou quando ouviu o grito de um dos guerreiros inimigos.
- Não vai desistir como o elfo não é? - Viggo estava de pé e acertou o guerreiro pelas costas, enquanto todos olhavam para Bruno, tentando intimidá-lo pelo número. - Só acaba quando todos eles estiverem no chão. - Bruno sorriu e sua fúria guerreira foi revigorada.
Logo mais um guerreiro e um arqueiro estavam no chão, estando na sua frente o líder deles. Viggo tentava segurar um guerreiro e um arqueiro para que Bruno pudesse batalhar com mais calma, já que o ranger sabia que do jeito que estava cansado não conseguiria derrubar mais do que um deles.
Bruno ainda tinha muita força e continuava atacando e atacando, ainda sob o efeito da magia de Lidia, logo mais um dos guerreiros caiu, sobrando na sua frente o líder deles. Viggo conseguiu derrubar mais um cravando sua espada na barriga do arqueiro, mas não conseguiu se mover rápido o suficiente quando o guerreiro acertou com seu escudo no rosto de Viggo, desta vez ele não levantaria mais.


Bruno juntou toda a sua fúria e partiu para cima do líder, esperando que sua velocidade fosse capaz de fazer com que seu inimigo se cansasse rapidamente. Mas quando Bruno ergueu suas duas espadas, percebeu que sua velocidade tinha ido embora e com ela seu folêgo. A primeira espada ainda desceu com força, mas o seu oponente apenas teve que dar um passo para o lado. O segundo ataque já veio sem força e antes que sua espada tocasse o tronco do oponente, Bruno recebeu uma machadada no peito... fazendo tudo se tornar escuro.


A dor que Viggo sentia em todo o seu corpo era forte demais, sua mente parecia estar acordada sentidno tudo, mas seu corpo não se movia. A única certeza que estava vivo eram as vozes que eles escutava.
- Mas eles mataram muitos de nossos homens...
- Ainda não decide o que fazer com eles... - as vozes iam e vinham, nenhuma era conhecida e ele temeu pela vida de seus amigos.
Até que uma luza apareceu em seu rosto e logo sentiu algo gelado escorrendo por seu rosto, ele abriu os olhos e viu um homem, vestindo as mesmas armaduras dos homens que eles haviam enfrentado, com um balde na mão. Ao lado dele estava o líder. Em pé, sem seu machado, apenas com a espada de boa qualidade de Bruno, olhando o fio atentamente. Viggo só conseguia enxergar os dois, não conseguia destinguir onde estavam ou se era dia ou noite.
- Não sei oq eu você achou que encontraria naquela cripta. Mas te digo que você invadiu algo que não lhe pertence. - o voz do líder batiam como pedras em sua cabeça e ele mal conseguia se concentrar.- Vou lhes dar uma chance. Fiz o que pude nos ferimentos de seus amigos, se eles morrerem será porque Hafna quer. Vão embora e nunca mais se metam no meu caminho.
Viggo pensou em dizer algo, mas não encontrou forças, sentiu seu corpo caindo no chão e percebeu que estava sendo segurado por um homem. Logo sua mente se apagou de novo.


- Já não era sem tempo. - Viggo abriu os olhos, forçando a vista devido a dor que a luz causou. mas ficou feliz em escutar a voz de Bruno. - Pensei que ia te carregar até Jallar.
Viggo tentou se colocar em pé, mas quase caiu. Teve que se apoiar em Bruno até sentir firmeza nas pernas. Olhou para os lados e viu Sísifo, Helios e Lidia. Todos sem armas ou armaduras, com os olhos fundos e as roupas sujas de sangue e com ataduras onde tinham sido feridos. Todos caminhavam por uma estrada de terra que, aparentemente, levava para Jallar.
Apesar dos ferimenros, do cansaço, da fome e da sede, a viagem era tranquila. Já era possível avistar os muros brancos de Jallar. Mas outra coisa que avistaram pelo caminho fez todos ficarem apreensivos. Um grupo com quatro pessoas montando três cavalos se aproximavam. Logo todos imaginaram ser problemas e o pior é que eram problemas...


Viggo e Helios foram os primeiros a reconhecer quem montava um dos cavalos. Era Atos, antigo desafeto de Bruno e Helios. Em outro cavalo vinha um homem loiro e grande, vestindo uma armadura de metal que reluzia com o sol. No último vinha uma mulher vestindo uma loriga de couro e no mesmo cavalo um anão.
Todos se olharam, mas Viggo mandou continuar andando, sem demostrar a apreensão do momento. Se eles fossem atacados seria dificil fazer frente sem armas e armaduras. Então o grupo caminhou em direção aos cavaleiros, apenas Bruno estava com a cabeça levantada, procurando o olhar de Atos.




Quando o grupo se aproximou eles começaram a circundar Viggo e seu grupo. Bruno olhava fixamente para Atos, seus olhares se cruzaram, mas Atos virou sua cabeça. Bruno olhou para a mão de Atos, mão que ele cortou poucos dias atrás, continuava não havendo nada no lugar da mão, ele apenas amarrou as rédeas do cavalo no cotoco, afim de manobrar o cavalo.
- Estávmos a procura de vocês! - o homem loiro falou primeiro, mantendo seu cavalo fazendo círculos ao redor do grupo a pé. - Parece que vocês tem algumas informações utéis.
- Desculpe senhor, mas não sabemos o que quer dizer. - Viggo manteve a cabeça baixa, ainda andando.
- Não é o que ficamos sabendo. Parece que encontraram algo no cemitério. - o homem, aparentemente o líder daquele grupo, esboçou um sorriso quando viu que Bruno virou seu olhara para ele, parece que seus palavaras surtiram efeito.
- Sinceramente senhor, não sabemos do que esta falando. - Viggo sabia que suas palavras não fariam efeito, não com Atos ali.
O líder do grupo parou, e todos pararam logo em seguida. Atos fez questão de parar em frente à Bruno.
- Vejo que perderam tudo, e ainda levaram uma senhora surra, não? - Atos falou pela primeira vez, olhando para Bruno. Todos olharam para ver o que Bruno responderia.
- Pelo menos eu luto até o final, não sou um covarde maneta como você! - Bruno respondeu de forma agressiva, mas sua vontade era de pular em cima de Atos.
- Então é verdade o que meu companheiro diz. Ele já conhece vocês. Façamos um trato. Voces dizem o que descobriram, principalmente sobre a passagem na cripta. E nós os deixamos vivos.
- Não tenho o que ser dito. - Viggo tentava acalmar os anim os de Bruno, sabia que não seria bom um combate nessas condições. - Nós fomos até o cemitério, não encontramos nada e fomos embora de Jallar. No caminho fomos emboscados por salteadores, como pode ver.
- Não sei se acredito no que vocês diz. - o loiro sacou sua espada de duas mãos e apontou-a para o peito de Viggo. Logo o anão pulou do cavalo, ficando com seu machado à mão, a mulher sacou uma espada curta e Atos usou sua mão boa para sacar sua espada e apontá-la para Bruno. E isso foi um erro.


Atos sacou sua espada e a apontou para o pescoço de Bruno. O gigante não pensou duas vezes ele segurou o braço do guerriro à cavalo e puxou-o tentando o retirar do cavalo. Foi então que o combate se iniciou.
Atos conseguiu se equelibrar em cima do cavalo, jogando seu corpo para trás, mas Hélios correu para auxiliar seu companheiro, e pulou com os dois pés no peito de Atos fazendo o cair para trás de uma só vez.
Viggo saiu da direção do golpe da espada de duas mãos do homem loiro e correu em direção a mulher à cavalo.
O anão levantou seu machado e tentou golpear Bruno, o gigante esquivou, mas não antes de tentar provocar o anão, o chamando de cachorro imundo. A mulher à cavalo, fez seu cavalo dar um pequeno trote em direção à Sísifo e tentou o acertar com seu gládio. O golpe foi curto, mas mesmo assim Sísifo deu um passo para o lado, e foi acompanhado pela amazona.
Ela não reparou que deu as costas para Viggo, que subiu no cavalo e a jogou no chão. Logo todos entenderam a idéia do ranger e Hélios segurou as rédeas do cavalo de Atos.
- Vamos parar com isso!. - a voz forte do homem loiro fez com que todos se aquietassem por alguns segundos. O suficiente para que ele falasse. - Atos diz que tem problemas com seu amigo. Vamos fazer da seguinte maneira. deixemos que os dois se enfrentem, se Atos vencer vocês nos dão a informação que queremos. Se o seu gigante vencer, ele é de vocês para fazer o que quiserem. - Viggo sorriu, já tinha visto os dois lutarem, sabia que, mesmo sem armadura, bruno era superior a Atos.
- Concordo, mas Bruno precisa de uma espada.
- Mas... - Atos olhou espantando para seu líder.
- Não era isso que você queria. Não se juntou a nós e nos prometeu ajudar seu eu te ajudasse a se vingar. - ele deu uma pequena parada para ver qual seria a reção de Atos. - Está é sua chance.
- Parece que já ganhei essa luta. - Bruno sorria como uma criança, por um momento tudo parecia perdido, mas essa luta, salvaria a pele de todos. - Seu novo companheiro é um covarde. Foi um covarde quando abandou Helios, eu e Otavius. Foi um covarde quando me enfrentou na taverna e está sendo um covarde agora. E não me adianta olhar feio não seu cachorro de merda. A menos que queira substitui seu amigo e ficar sem a mão também. - Bruno estava com uma raiva contida e direcionou sua última frase ao anão que segurava o machado coim as duas mãos, apertando-o bem forte.
- Tudo bem. Você não tem chance contra mim mesmo. - Atos pareceu ver que não havia possibilidade, não poderia parecer covarde na frente de seus novos companheiros.
Viggo desceu do cavalo que tinha roubado da mulher e o guerreiro loiro jogou uma espada que estava presa no cavalo para Bruno. bruno Agarrou a espada no ar, a brandiu umas duas vezes e ficou esperando o ataque de Atos.
Atos sacou sua espada, usando agora a mão esquerda, já que a direita foi arrancado por Bruno. E partiu contra o gigante, que, sem a aramdura, parecia um pouco menos ameaçador. Atos girou sua lâmina contra as pernas de Bruno, este se desvou, dano um passo para o lado e fez sua espada dançar contra o sol.
Bruno cortou o ar, depois couro, por fim atingiu a carne e o osso, fazendo o sangue voar, junto com a mão de Atos, a única que ele tinha. Com um só golpe Bruno decidiu o combate.
- Então ele é meu?! - todos olharam para Bruno, incrédulos. Todos sabiam que Bruno venceria, mas não que seria tão rápido. Afinal de contas o gigante estava cansado e ferido ainda do último combate contra a pequena tropa. - Tire a armadura seu imundo, para eu mata-lo como você merece. Sem armadura, sem armas, como um qualquer. - Bruno ergueu sua espada e desceu lentamente até o peito de Atos, mas o urro de fúria do anão o fez parar.
- Não se atrevaaaa! - o anão partiu em carga, porém suas pernas curtas não o permitiam correr rápido e Bruno teve tempo suficiente para se preparar para o golpe.
Porém, apesar de lento com as pernas, o anão era rápido com o machado, e Bruno não foi capaz de se defender. O sangue espirrou do peito de Bruno. Por sorte, devido a diferença de altura dos dois, o golpe não foi tão certeiro.
Bruno cambaleou, ciente que se o golpe tivesse acertando em cheio, eles não estaria acordado ou até mesmo vivo.
Bruno respondeu rápido ao ataque, mas primeiro fez uma finta e acertou a mão do anão. O golpe não conseguiu decepar a mão. Mas ele ficou inútil por algum tempo e o macahdo fez um barulho seco ao cair no chão.
- Isso é para você aprender seu cão imundo. - Bruno se preparava para cortar a outra mão do anão, mas foi impedido pelo líder do grupo.
- Já chega! Você venceu. Lutou muito bem. - o líder loiro guardou sua arma na cintura, olhou para o não, para que ele não fizesse mais nenhuma atitude burra. - Podem seguir caminho.
- Espere. - Viggo se colocou ao lado do cavalo. - Vamos conversar. Se foram até o cemitério é porque estão numa missão semlehante à nossa. E como podem ver, não fomos muito bem sucedidos. Quem sabe não podemos nos ajudar. - os dois sorriram, vendo que teriam muito a lucrar com aquela conversa.'




Continua...


Mais um Diário de Campanha se encerra aqui. Esse negócio de jogar duas vezes por semana não esta dando muito certo. Estou bem atrasado em relação à narração, mas acho que na próxima já dá para adiantar.
Espero que alguém esteja lendo. Já que só tem um ou dois comentários. Mas se estiverem lendo critiquem, opinem. Até a próxima.


Fernando del Angeles

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